Peguei minha cruz e caminhei
Carreguei até o alto do meu calvário
As dores do meu ombro, suportei
Onde apoiei meu fardo e o meu sacrário
Sobre o chão deitei o madeirado
E sobre a cruz me deitei
Amarraram meus tornozelos, apertado
Pés sobre pés, pregado, fiquei
Dores subiam pelas minhas costas
Meus olhos escureceram-se no dia
Não via mais a face dos humanos expostas
Na sede de mim, nada mais sentia
Afastaram meus braços, amarraram meus pulsos
Minhas mãos foram pregadas, perfuradas na luz
Meu abraço ensangüentado, meu amor expulso
Meu corpo entregue, estava preso na cruz
Nesse momento fui elevado
A cruz, em pé, no alto diante de todos
Pela lança do soldado fui transpassado
Enfraquecendo meu coração sem gozos
Sinais prematuros de minha partida
Não consigo mais respirar
Sinto minha alma suspensa, sem vida
Não tenho mais como ficar
Julgado por todos os julgadores
Perdoa-os! Não sabem o que fazem!
Mulher! Eis aí teu filho! Mãe das dores!
Meu Pai, porque me abandonaste! Os verbos jazem!
Entreguei-me ao destino dos homens
Salvando os pecados do mundo
Hoje sou lembrado em homenagens
Meu sofrimento e meu amor profundo
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/
0 comentários:
Postar um comentário