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sexta-feira, 22 de abril de 2011







Sonambulismo

Sonambulismo [do latim somnus= sono e ambulare= marchar, passear] - Estado de emancipação_da_alma mais completo do que no sonho. O sonho é um sonambulismo imperfeito. No sonambulismo, a lucidez da alma, isto é, a faculdade de ver, que é um dos atributos de sua natureza, é mais desenvolvida. Ela vê as coisas com mais precisão e nitidez, o corpo pode agir sob o impulso da vontade da alma. O esquecimento absoluto no momento do despertar é um dos sinais característicos do verdadeiro sonambulismo, visto que a independência da alma e do corpo é mais completa do que no sonhos.




Sonambulismo artificial – Sonambulismo provocado por emanação magnética ou passe.
Sonambulismo magnético – Aquele que é provocado pela ação de uma pessoa sobre outra por meio do fluido magnético que esta derrama sobre aquela.






 



Sonambulismo natural – Aquele que é espontâneo e se produz sem provocação e sem influência de nenhum agente exterior.




Sonâmbulo [do francês somnambule] – Pessoa em estado de sonambulismo, podendo levantar-se, andar e falar durante o sono. Ver: noctâmbulo.



O sonâmbulo possui mais conhecimentos do que os que lhe supõe. Esta é a razão das idéias inatas do sonâmbulo, quando fala com exatidão de coisas que ignora quando desperto, de coisas que estão mesmo acima de sua capacidade intelectual. Tais conhecimentos dormitam, porque, por demasiado imperfeito, seu invólucro corporal não lhe consente rememorá-lo.

Que é, afinal, um sonâmbulo? Espírito, como nós, e que se encontra encarnado na matéria para cumprir a sua missão, despertando dessa letargia quando cai em estado sonambúlico. Já te temos dito, repetidamente, que vivemos muitas vezes.

Esta mudança é que, ao sonâmbulo, como a qualquer Espírito ocasiona a perda material do que haja aprendido em precedente_existência. Entrando no estado, a que chamas crise, lembra-se do que sabe, mas sempre de modo incompleto. Sabe, mas não poderia dizer donde lhe vem o que sabe, nem como possui os conhecimentos que revela. Passada a crise, toda recordação se apaga e ele volve à obscuridade. (Ver: Intuição)




Mostra a experiência que os sonâmbulos também recebem comunicações_de_outros_Espíritos, que lhes transmitem o que devam dizer e suprem à incapacidade que denotam. Isto se verifica principalmente nas prescrições médicas. O Espírito do sonâmbulo vê o mal, outro lhe indica o remédio.


Essa dupla ação é às vezes patente e se revela, além disso, por estas expressões muito freqüentes: dizem-me que diga, ou proíbem-me que diga tal coisa. Neste último caso, há sempre perigo em insistir-se por uma revelação negada, porque se dá azo a que intervenham Espíritos_levianos, que falam de tudo sem escrúpulo e sem se importarem com a verdade.
Até certo ponto, as faculdades de que goza o sonâmbulo são as que tem o Espírito depois da morte. Pois cumpre se atenda à influência da matéria a que ainda se acha ligado.




Nos fenômenos sonambúlicos, em que a alma se transporta, o sonâmbulo experimenta no corpo as sensações do frio e do calor existentes no lugar onde se acha sua alma, muitas vezes bem distante do seu invólucro. A alma, em tais casos, não tem deixado inteiramente o corpo; conserva-se-lhe presa pelo laço_que_os_liga e que então desempenha o papel de condutor das sensações. Quando duas pessoas se comunicam de uma cidade para outra, por meio da eletricidade (telefone), esta constitui o laço que lhes liga os pensamentos. Daí vem que confabulam como se estivessem ao lado uma da outra.




O uso que um sonâmbulo faz da sua faculdade influi muito no estado do seu Espírito depois da morte. Como o bom ou mau uso que o homem faz de todas as faculdades com que Deus o dotou.


No estado de desprendimento em que fica colocado, o Espírito do sonâmbulo entra em comunicação mais fácil com os outros Espíritos encarnados, ou não encarnados, comunicação que se estabelece pelo contacto dos fluidos, que compõem os perispíritos e servem de transmissão ao pensamento, como o fio elétrico.


O sonâmbulo vê ao mesmo tempo o seu próprio Espírito e o seu corpo, os quais constituem, por assim dizer, dois seres que lhe representam a dupla existência corpórea e espiritual, existências que, entretanto, se confundem, mediante os laços_que_as_unem. Nem sempre o sonâmbulo se apercebe de tal situação e essa dualidade faz que muitas vezes fale de si, como se falasse de outra pessoa. É que ora é o ser corpóreo que fala ao ser espiritual, ora é este que fala àquele.




Pode considerar-se o sonambulismo uma variedade da faculdade_mediúnica, ou, melhor, são duas ordens de fenômenos que freqüentemente se acham reunidos.


O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; é sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O que ele externa tira-o de si mesmo; suas idéias são, em geral, mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos mais dilatados, porque tem livre a alma. Numa palavra, ele vive antecipadamente a vida dos Espíritos.


O médium, ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem de si.

Em resumo, o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, enquanto que o médium exprime o de outrem. Mas, o Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo; dá-se mesmo que, muitas vezes, o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como os médiuns_videntes. Podem confabular com eles e transmitir-nos seus pensamentos. O que dizem, fora do âmbito de seus conhecimentos pessoais, lhes é com freqüência sugerido por outros Espíritos. Aqui está um exemplo notável, em que a dupla ação do Espírito do sonâmbulo e de outro Espírito se revela e de modo inequívoco.

O sonambulismo puro, quando em mãos desavisadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia_inconsciente, naqueles que não possuem méritos_morais suficientes à própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que por isso, apenas se evidencia integral nos obsessos que se renderam às forças vampirizantes.




Extraio esta informação de um precioso volumezinho de revelações_transcendentais, devido à mediunidade da Sra. E. B. Duffey, intitulado Heaven Revised. Seu valor pode ser deduzido do fato de que, em alguns anos, a obra atingiu a sua décima edição e foi recentemente publicada em forma popular, isto é, numa edição de enorme tiragem e a preço muito reduzido. A Sra. Duffey, que é de espírito muito cultivado, se tornou médium_escrevente e escreveu as mensagens de que se trata, quando apenas havia pouco tempo que se interessava pelas pesquisas mediúnicas, quando, por conseguinte, ainda nada lera, ou muito pouco, sobre doutrinas espíritas.


Aqui está como a Sra. Duffey descreve a maneira pela qual obteve as mensagens que publicou:


“Se eu houvesse escrito um ditado, não teria podido conhecer menos do que conhecia pela minha mão a escrever. Por outro lado, é certo que não assimilara subconscientemente as mensagens que escrevi, haurindo-as em fontes de natureza análoga. Com efeito, quando as escrevi, ainda muito pouco ouvira falar dessas questões e ainda menos havia lido a respeito. Convertera-me às novas idéias fazia apenas um ano; muitas vezes, quando lia o que vinha de escrever, embaraçada me sentia e perplexa, temendo que o que havia escrito não estivesse de acordo com as doutrinas espíritas. Esse sentimento de embaraço se tornou particularmente forte, a propósito do capítulo intitulado No abismo. Durante todo o tempo em que me foram ditadas as mensagens (cerca de quatro meses), vivi num estado permanente de sonho. Nada do que me cercava ou acontecia me parecia real; até as preocupações de natureza material, que me assaltaram nessa época, não tiveram o dom de afligir-me. Sentia-me como se estivesse sob a influência de poderoso anestésico moral. Foi num sábado à tarde que acabaram de me ditar as mensagens. Na noite de domingo, fiz um breve discurso na nossa Sociedade espiritualista. Na segunda-feira de manhã, despertei pela primeira vez na plena posse da minha personalidade normal. Recuperara, enfim, a capacidade de agir com eficácia ordinária na vida prática de cada dia.”


Estas informações da Sra. Duffey são teoricamente interessantes, porquanto demonstram que, durante todo o tempo em que foram escritas as comunicações transcendentais, o médium permanecera em condições de “sonambulismo no estado de vigília”, como acontecia em circunstâncias análogas ao célebre vidente americano Andrew_Jackson_Davis. Em outros termos: isto provaria que o órgão cerebral do médium foi submetido, durante todo aquele período de tempo, a uma disciplina de possessão parcial, exercida pela entidade que se comunicava. Esta manifestamente se propusera a eliminar assim o perigo da emergência esporádica de interferências subconscientes, que teriam podido interpolar-se às mensagens, interferências que só muito dificilmente se pudera evitar, desde que o médium, entre duas mensagens, remergulhasse nas preocupações da vida cotidiana





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